Como abrir CNPJ para designer? (Guia completo)

CNPJ para designer: tudo o que você precisa saber!

Se você atua como designer e deseja profissionalizar seus serviços, ter um CNPJ pode trazer inúmeras vantagens, como a possibilidade de emitir notas fiscais, construir maior credibilidade no mercado e acessar benefícios previdenciários. 

Além disso, formalizar-se como empresa pode reduzir a carga tributária, garantindo que você pague menos impostos do que um profissional autônomo.

Muitos designers iniciam suas carreiras de maneira informal, prestando serviços como pessoa física (PF). No entanto, essa abordagem pode gerar dificuldades na relação com clientes corporativos, que costumam exigir nota fiscal. 

Atuar como pessoa física implica o pagamento do Imposto de Renda de forma progressiva, podendo atingir alíquotas elevadas.

Sabendo disso, a R2 Contabilidade – Negócios Digitais preparou este guia completo para esclarecer todas as etapas para abrir um CNPJ para designer, quais são as opções disponíveis e como escolher a melhor categoria jurídica para sua atuação. Acompanhe!

Por que a formalização para designers é importante?

Na área do design, muitos profissionais começam suas carreiras de maneira informal, atendendo clientes como freelancers. No entanto, isso pode limitar oportunidades, restringir ganhos e até aumentar a carga tributária. 

Abrir um CNPJ para designer não é apenas um passo burocrático, mas sim uma estratégia essencial para o crescimento sustentável da carreira. Com um CNPJ, o profissional passa a emitir notas fiscais, tornando-se elegível para contratos com empresas e agências que exigem documentação formal. 

Além disso, um negócio formalizado oferece mais segurança jurídica tanto para o profissional quanto para seus clientes, minimizando riscos e facilitando o cumprimento de obrigações fiscais e tributárias.

Outro ponto crucial é a tributação. Como PF, o designer autônomo pode pagar até 27,5% de imposto sobre seus rendimentos. Já como pessoa jurídica (PJ), dependendo do regime escolhido, a carga tributária pode ser significativamente menor, permitindo mais lucro e reinvestimento na carreira.

Vantagens de abrir um CNPJ para designer

1. Menos impostos e maior lucratividade

Uma das maiores vantagens de ter um CNPJ para designer é a possibilidade de pagar menos impostos. No Simples Nacional, por exemplo, a alíquota pode ser reduzida para menos de 6%, dependendo do faturamento. 

Na prática, isso é uma diferença enorme em relação ao Imposto de Renda de pessoa física, que pode chegar a 27,5%.

2. Mais credibilidade no mercado

Empresas e grandes clientes preferem contratar designers que possam emitir nota fiscal, por questões burocráticas com a prestação de contas.

Por isso, ter um CNPJ transmite profissionalismo e confiança, abrindo portas para projetos de maior valor e parcerias mais sólidas.

3. Acesso a benefícios exclusivos

Com um CNPJ, o profissional pode abrir uma conta bancária PJ, acessar linhas de crédito diferenciadas, obter melhores condições de pagamento com fornecedores e até contratar um plano de saúde empresarial com custos mais baixos.

De modo geral, o CNPJ para designer possibilita uma série de vantagens exclusivas no que diz respeito a benefícios fiscais para favorecer o crescimento da empresa.

4. Facilidade para expandir o negócio

Mais um ponto no qual a formalização é importante se trata da possibilidade que o designer tem de contratar funcionários ou parceiros de forma legalizada. 

Com a abertura de empresa, é possível ampliar sua atuação e possibilitar o crescimento do negócio com estrutura para cumprir os direitos trabalhistas.

Ser PJ ou autônomo: vale a pena abrir um CNPJ para designer?

A decisão entre permanecer como autônomo ou se formalizar como PJ depende do volume de trabalho e dos objetivos do profissional. Designers que atendem a poucos clientes e têm um faturamento baixo podem optar por permanecer como autônomos inicialmente. 

No entanto, à medida que os contratos aumentam e os valores envolvidos crescem, abrir um CNPJ se torna mais vantajoso. Além da tributação mais acessível, ser PJ evita retenções de imposto em notas fiscais de serviços prestados a empresas, otimizando o recebimento dos pagamentos. 

A formalização também ajuda a separar as finanças pessoais das empresariais, promovendo um planejamento financeiro mais eficiente. 

Portanto, para designers que buscam crescimento profissional, melhores condições fiscais e mais oportunidades de trabalho, abrir um CNPJ é um passo essencial. 

O investimento inicial em burocracia e contabilidade se paga rapidamente com os benefícios obtidos, tornando a formalização um caminho seguro e lucrativo para a carreira no design.

Designer pode ser MEI? 

O Microempreendedor Individual (MEI) é uma das opções mais populares para profissionais autônomos que desejam formalizar sua atividade com menos burocracia. No entanto, a atividade de designer não está incluída entre as profissões permitidas para o MEI. 

Ou seja, isso significa que um designer não pode abrir um CNPJ como MEI. A limitação ocorre porque o governo classifica o design como uma atividade intelectual, o que exige outras formas de tributação. 

Portanto, o profissional que deseja formalizar sua atuação deve optar por outras modalidades jurídicas, como Microempresa (ME) ou Empresário Individual (EI). 

Essas opções permitem a formalização em um regime tributário mais adequado, com benefícios como a possibilidade de escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.

Contudo, embora o MEI não seja permitido, há alternativas viáveis para quem deseja abrir um CNPJ para designer e pagar menos impostos legalmente.

CNPJ para designer: formas jurídicas

Ao decidir formalizar seu trabalho, é fundamental entender quais são as formas jurídicas disponíveis para a abertura de um CNPJ para designer. Afinal, cada modelo tem suas particularidades e impactos na tributação e administração do negócio.

1. Empresário Individual

O Empresário Individual (EI) é uma opção para quem deseja atuar como pessoa jurídica sem a necessidade de sócios. 

Neste modelo, não há separação entre o patrimônio pessoal e o empresarial, o que significa que dívidas da empresa podem afetar os bens pessoais do proprietário. No entanto, é uma opção simplificada e sem exigência de capital mínimo para abertura.

2. Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)

A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) surgiu como uma alternativa à Eireli, eliminando a exigência de capital mínimo e garantindo a separação entre bens pessoais e empresariais. 

Portanto, essa é uma excelente escolha para designers que desejam formalizar seu trabalho sem precisar de um sócio.

3. Sociedade Limitada (Ltda.)

A Sociedade Limitada (Ltda.) é a melhor opção de forma jurídica para quem pretende ter uma empresa com sócios, visto que a estrutura abrange pontos para uma sociedade. 

Justamente por essa característica, ela se torna a alternativa mais indicada para equipes de designers e empresários em grupo.

LEIA TAMBÉM: Quais os tipos de CNPJ existentes para abrir uma empresa? 

Qual CNAE para designer?

A CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) estabelece os códigos utilizados pela Receita Federal para identificar a atividade principal de uma empresa. Para um designer, escolher a CNAE correta é fundamental para determinar o regime tributário mais adequado.

Nesse contexto, os códigos CNAEs mais utilizados para quem deseja abrir um CNPJ para designer incluem:

  • 7410-2/01 – Atividades de design: ideal para designers gráficos, de produto, moda e afins.
  • 7410-2/02 – Design de interiores: indicado para designers de interiores e profissionais que atuam na ambientação de espaços.
  • 6201-5/01 – Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda: pode ser útil para designers que trabalham com UX/UI e desenvolvimento de interfaces digitais.

Vale lembrar que a escolha correta da CNAE influencia diretamente na tributação e no enquadramento fiscal da empresa. Além disso, algumas atividades podem exigir alvarás ou regulamentações específicas, dependendo da legislação municipal ou estadual.

Como abrir um CNPJ para designer?

Formalizar-se como designer PJ garante mais segurança jurídica e oportunidades no mercado. O processo é simples e pode ser feito com o suporte de uma contabilidade digital. Abaixo, confira o passo a passo para abrir seu CNPJ.

1. Escolha a natureza jurídica

Antes de começar as etapas burocráticas de obter um CNPJ para designer, o primeiro passo é definir a natureza jurídica da empresa. A princípio, profissionais que trabalham sozinhos podem optar pela Empresa Individual ou pela Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), a depender de seus objetivos e preferências. 

Já quem tem sócios pode abrir uma Sociedade Empresária Limitada. A escolha depende do modelo de negócio e do faturamento esperado.

2. Defina o código CNAE correto

O código CNAE precisa estar alinhado com as atividades exercidas. Defini-lo corretamente evita problemas fiscais e tributários.

3. Registre-se na Receita Federal e obtenha o CNPJ

O cadastro do CNPJ é feito no site da Receita Federal, após o preenchimento do DBE (Documento Básico de Entrada). 

Apesar de ser um processo relativamente simples, é recomendado ter a ajuda de um contador, garantindo que todas as informações estejam corretas para evitar burocracias futuras.

4. Faça as inscrições estaduais e municipais

A inscrição estadual e a inscrição municipal representam números que identificam uma empresa administrativamente no governo do estado e no da prefeitura.

Sendo assim, a depender do tipo de serviço prestado, pode ser necessário um registro estadual (para atividades com venda de produtos) ou municipal (para emissão de notas fiscais de serviços). 

Normalmente, designers que atuam apenas com serviços digitais geralmente precisam apenas da inscrição municipal.

5. Escolha o regime tributário e regularize a emissão de notas fiscais

Por fim, outra etapa importante é definir o regime tributário adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) para garantir o pagamento correto dos impostos. 

Além do mais, para assegurar a regularidade das atividades comerciais, é necessário configurar a emissão de notas fiscais eletrônicas (NFS-e) para formalizar seus serviços e manter a conformidade fiscal.

Designer PJ pode contratar funcionários?

O designer PJ pode contratar funcionários desde que tenha um CNPJ ativo e opte por um regime tributário compatível com essa necessidade. Se o designer atua como pessoa jurídica, a legislação permite a contratação de funcionários, mas a quantidade ainda vai depender do porte da empresa.

  • Microempresa (ME): até 9 funcionários no comércio e serviços, e até 19 na indústria.
  • Empresa de Pequeno Porte (EPP): de 10 a 49 funcionários no comércio e serviços, e de 20 a 99 para indústria.
  • Empresa de médio porte: de 50 a 99 funcionários no comércio e serviços, e de 100 a 499 para indústria.
  • Grandes empresas: 100 ou mais funcionários no comércio e serviços, e 500 ou mais para indústria.

Nesse sentido, abrir um CNPJ para designer é imprescindível, pois permite formalizar a relação de trabalho com os contratados, garantindo segurança jurídica e benefícios como emissão de notas fiscais e acesso a linhas de crédito empresariais. 

Além disso, a contratação dentro das normas evita problemas trabalhistas e tributários, proporcionando maior organização financeira e credibilidade ao negócio. Portanto, se o designer planeja expandir a equipe, a abertura de CNPJ é um passo fundamental.

Quando contratar uma contabilidade para designer?

Ter um CNPJ para designer é um passo importante, mas administrar todas as obrigações fiscais, tributárias e burocráticas pode ser um desafio. 

A propósito, muitos profissionais começam sozinhos, tentando lidar com impostos e emissão de notas fiscais por conta própria. 

No entanto, conforme o negócio cresce, contar com uma contabilidade especializada se torna essencial para evitar erros que possam gerar multas e problemas com o fisco.

É válido lembrar que a contabilidade para designers não se resume apenas ao cálculo de impostos. Um contador especializado auxilia nas decisões estratégicas sobre a abertura e manutenção de uma empresa seguindo a legislação.

Por outro lado, o profissional orienta sobre deduções fiscais, otimização do fluxo de caixa e cumprimento das obrigações acessórias, como declarações mensais e anuais.

E, claro, outro fator importante é a tranquilidade que um contador proporciona ao empresário. Em vez de perder tempo com burocracias, o designer pode focar o que realmente importa: criar, inovar e expandir sua atuação no mercado. 

Se você pretende crescer, aumentar o faturamento ou contratar funcionários, contar com um serviço contábil desde o início pode evitar dores de cabeça no futuro.

Portanto, o momento ideal para contratar uma contabilidade é antes mesmo de abrir o CNPJ ou assim que perceber que a gestão financeira e tributária está se tornando complexa. Com um contador ao seu lado, você garante mais segurança e aproveita ao máximo os benefícios de ser PJ.

Conclusão

Ao longo deste artigo, você descobriu os principais detalhes sobre como abrir CNPJ para designer e o que é preciso para se formalizar como pessoa jurídica. Nesse contexto, também é importante destacar que contar com uma contabilidade especializada é um divisor de águas.

Portanto, se você está planejando abrir um CNPJ para designer e precisa da orientação de alguém com a expertise no assunto, não deixe de falar com um contador na R2 Contabilidade – Negócios Digitais.

Descubra soluções personalizadas para regularizar sua atuação e ficar longe de problemas fiscais. Entre em contato conosco!

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